sexta-feira, 17 de abril de 2015

Pensa que acabou?

A leitura feita pelo professor tem que ser constante na alfabetização

Ouvir permite às crianças ampliar o repertório cultural, aumentar a familiaridade com a língua, desenvolver o comportamento leitor e iniciar o processo formal de alfabetização.



Sempre que o professor lê para a turma, revela as múltiplas possibilidades que os textos oferecem. Essa é uma das quatro situações didáticas básicas no processo de alfabetização. "As crianças conhecem narrativas, lugares, personagens e autores e têm a oportunidade de se encantar com a leitura. O desejo de aprender a ler para decifrar os livros preferidos com autonomia e descobrir novas histórias aumenta de intensidade", diz Ana Flavia Alonço, pedagoga e formadora de professores do Projeto Entorno, da Fundação Victor Civita.
A leitura, como prática social, pode ser ensinada em situações em que a turma toda participe, comentando o que foi lido, levantando e explicitando hipóteses, debatendo ideias. Atitudes como essas compõem o chamado comportamento leitor, capaz de ser desenvolvido desde muito cedo com a ajuda dos mais experientes. A figura de pais e professores é fundamental, pois eles assumem o papel de condutores de seus ouvintes para um mundo fantástico. Nas palavras da psicolinguista argentina Emilia Ferreiro, "a leitura é um momento mágico, pois o interpretante informa à criança, ao efetuar essa ação aparentemente banal, que chamamos de 'um ato de leitura', que essas marcas têm poderes especiais: basta olhá-las para produzir linguagem".
É preciso, porém, ter em mente a intenção da leitura. Não basta simplesmente fazer uma sessão por dia sem propósito comunicativo. "Quando o professor lê, tem de considerar sua ação como prática social que entretém, emociona, informa e diverte. Mas também deve estar ciente dos objetivos didáticos a que ela se destina - por exemplo, diferenciar a linguagem escrita da falada ou conhecer o estilo de um autor", afirma Célia Prudêncio, formadora do Programa Ler e Escrever, do governo do estado de São Paulo. Segundo ela, se os objetivos não estiverem claros, a leitura, por si só, não dá conta de alavancar o processo de alfabetização, pois faltam os procedimentos necessários à mediação entre o professor, os alunos e a linguagem escrita.

Segue video para confirmarmos a importância da leitura:


Neste vídeo, a professora Mariluci Kamisaka, que alfabetiza todos os seus alunos de 1ª série até o final do ano letivo, mostra os resultados de seu diagnóstico inicial da turma e realiza uma leitura pelo professor, atividade permanente ao longo de todo o ano.

Mensagens

Um bom professor, um bom começo

A base de toda conquista é o professor
A fonte de sabedoria, um bom professor
Em cada descoberta, cada invenção
Todo bom começo tem um bom professor
No trilho de uma ferrovia…(um bom professor)
No bisturi da cirurgia…(um bom professor)
No tijolo, na olaria, no arranque do motor
Tudo que se cria tem um bom professor
No sonho que se realiza…(um bom professor)
Cada nova ideia tem um professor
O que se aprende, o que se ensina…(um professor)
Uma lição de vida, uma lição de amor
Na nota de uma partitura, no projeto de arquitetura
Em toda teoria, tudo que se inicia
Todo bom começo tem um bom professor
Tem um bom professor.

Participe conosco e deixe sua opinião e comentários sobre a Educação.

Sarau

O QUE É UM SARAU?


É um evento cultural ou musical realizado geralmente em casas particulares onde as pessoas se encontram para se expressarem ou se manifestarem artisticamente.
Um sarau pode envolver dançapoesia, leitura de livrosmúsica acústica e também outras formas de arte como pintura,teatro e comidas típicas. Evento bastante comum no século XIX que vem sendo redescoberto por seu caráter de inovação, descontração e satisfação.
O sarau consiste em uma reunião festiva que ocorre à tarde ou no início da noite1 , apresentando concertos musicais, serestas, cantos e apresentações solo, demonstrações, interpretações ou performances artísticas e literárias. Danças como formas de interação entre os convidados também eram muito comuns na época, exemplos disso era a valsa.
Atualmente, algumas escolas e faculdades promovem saraus para estimular o desenvolvimento cultural de seus alunos. Bem como grupos e associações artísticas e culturais.
Hoje em dia, o termo virou uma denominação geral de encontros lítera-artísticos, que podem acontecer também durante a noite, ou em qualquer horário, em lugares fechados ou abertos, com diversas manifestações culturais, inclusive com instrumentos eletro-eletrônicos e equipamentos digitais, mantendo sempre a característica de confraternização.

Segue abaixo o link do video publicado no site Nova Escola, o Sarau Mesquiteiros.

https://www.youtube.com/watch?v=JdG_tm73gmo

Feira de Ciências

A MAIS IMPORTANTE FEIRA DE CIÊNCIAS 


A International Sciences and Engineering Fair (Isef), a mais importante feira de Cências do mundo, reuniu em maio 1500 estudantes de 47 países em Indianápolis e distribuiu 4 milhões de dólares em prêmios e bolsas de estudos.
Há quatro anos, professores e alunos brasileiros participam do evento, representado no país pelo Laboratório de Sistemas Integráveis da Escola Politécnica da Universidade de São Paulo e pela Fundação Liberato Salzano, em Novo Hamburgo (RS). Este ano, a delegação brasileira (foto) foi formada pelos autores de nove projetos de Imperatriz (MA), Vitória da Conquista (BA), Londrina (PR), Novo Hamburgo (RS), Guarulhos e Campinas (SP), São Paulo, Rio de Janeiro e Fortaleza. Quatro brasileiros se destacaram: Denilson Luiz Freitas, do Colégio Opção de Vitória da Conquista, criador de um sistema que converte energia solar em elétrica para alimentar um dessalinizador; Anelise dos Santos Klein, da Fundação Liberato Salzano, autora de uma ação para defender cães e gatos; e Juliano Sider e Rodrigo Luger, da Escola Americana de Campinas, inventores de um programa de computador para o estudo da geometria.

Artes

ARTES

Por muito tempo o ensino de Artes se resumiu a tarefas pouco criativas e marcadamente repetitivas. Desvalorizadas na grade curricular, as aulas dificilmente tinham continuidade ao longo do ano letivo. A criança não era considerada uma produtora e, por isso, cabia ao professor dirigir seu trabalho e demonstrar o que deveria ser feito.
Nas últimas duas décadas, essa situação vem mudando nas escolas brasileiras. Hoje, a tendência que guia a área é a chamada sócio interacionista, que prega a mistura de produção, reflexão e apreciação de obras artísticas. Infelizmente, ainda há professores trabalhando na chamada metodologia tradicional, que supervaloriza os exercícios mecânicos e as cópias, com o surgimento do movimento da Escola Nova, idéias modernizadoras começaram a influenciar as aulas de Arte.
O ensino de Arte trata de relacionar sentimentos, trabalhar, aspectos psicomotores e cognitivos, planejar e programar projetos criativos e se engajar, emocionalmente neles, num permanente processo reflexivo. Talvez mais que em outras disciplinas, no ensino de Arte, os alunos são obrigados a entrar em contato consigo mesmas.
Arte, uma palavra que é expressa pela beleza da natureza, onde o corpo se habita ao lugar mais calmo e silencioso para que no silêncio surge a beleza da arte, tanto como escultura como pinturas, a música, o teatro, a dança, arquitetura etc. Para começarmos vamos falar sobre seu surgimento.
O que se trabalhar em artes:

        Artes visuais



        Pinturas livres com tintas
      


  
 Misturando as cores
     



Escultura



Argila




Obra feita com Colagens


Arte de Museu




A Arte se influencia pela mente fértil da criança, onde pode desenvolver algo através das imagens ilustradas acima. 

Filmes

FILMES QUE EDUCAM

Segue abaixo alguns filmes para trabalhar com alunos:


Língua Portuguesa:
Introdução à cultura africana com o filme "Kirikú e a Feiticeira"
"Matilda": como adaptar um texto para o cinema

Ciências:
"Bee Movie" e as relações entre fauna e flora
"Wall-E": os impactos causados pelo lixo e a necessidade de reciclar
Como apresentar o ecossistema marinho com "Procurando Nemo"

Educação Física:
"Space Jam - O Jogo do Século": lição de cooperação e trabalho em grupo
Como valorizar o companherismo na prática esportiva com a animação "Carros"

Seguem filmes para o Professor:

Meu Mestre, Minha Vida
O professor Joe Clark é convidado a assumir o cargo de diretor em uma escola de Nova Jersey, marcada por casos de disputas entre gangues e tráfico de drogas. Autoritário, o docente decide fazer uma verdadeira revolução no colégio, que é considerado um “caldeirão de violência”. Com seu método nada ortodoxo, ganha alguns admiradores, mas também muitos inimigos.

Entre os Muros da Escola

Filme francês, de Laurent Cantet, produzido no ano de 2008. Essa obra mostra como questões sociais, econômicas, políticas e culturais da sociedade interferem na vida escolar que, muitas vezes, as reproduzem. Embora o filme não seja um documentário, retrata com bastante fidelidade questões complexas das relações humanas na Educação atual. Dessa forma, essa produção aborda temas como: indisciplina, noção de autoridade e o posicionamento dos indivíduos diante da mesma, multiculturalismo, diversidade, preconceitos, noção de pertencimento de grupo, entre outros.

Aula Fora

Parque ecológico vira sala de aula ao ar livre

Andar de bike, correr, fazer piquenique. Práticas como essas são alguns dos atrativos que levam as pessoas a frequentarem parques ecológicos. Porém, em Brasília, um espaço verde está indo para além de um ambiente de recreação. O Parque de Uso Múltiplo Olhos D’água, um dos principais da cidade, está se transformando também em uma grande sala de aula ao ar livre. O responsável por isso é Ecoparque, projeto de educação ambiental criado por jovens brasilienses, que busca desenvolver novas abordagens de educação baseadas em práticas holísticas e na transdisciplinariedade. A iniciativa, inclusive, extrapolou os limites da reserva ambiental e foi instalada dentro de uma escola de educação integral.
“Nosso objetivo é apresentar novas propostas de relação com o meio ambiente, usando tecnologias de baixo impacto ambiental. Além de trazer um novo olhar para que as pessoas se apropriem do lugar e percebam que há outras formas de construir, de se relacionar, de cultivar a terra”, afirma Pedro Vinhal, cofundador do projeto, que é a 15ª história contada no Imagina na Copa, plataforma que está mapeando iniciativas de jovens transformadores até 2014.
O EcoParque foi idealizado por ele, em 2008, quando estudava educação física, e mais tarde abraçada pelo coletivo 7Saberes – que desenvolve ações de educação ambiental para estimular crianças, jovens e adultos a experimentar essas novas abordagens no que chamam de “laboratório vivo”. A meta do grupo é expandir o número de estações em outros espaços.
Apenas no passado, cerca de 200 estudantes de instituições públicas e privadas da região realizaram atividades periódicas no parque ecológico, que foi adaptado para receber diferentes atividades – como oficinas de arte e reciclagem, dança circular e permacultura [conceito que significa ‘cultura permanente’, que se baseia na cooperação do homem com a natureza].
Além disso, os estudantes também têm visitas monitoradas pelos espaços dentro do parque chamados estações. Uma delas, por exemplo, é o Túnel de Adobe onde as crianças são estimuladas a engatinhar, atividade importante para desenvolver sua capacidade motora. Já no Espaço de Convivência, são realizadas práticas corporais livres, como o yoga e os jogos cooperativos. Outros ambientes são dedicados a ensinar aos visitantes como mexer com a terra e até mesmo cultivar hortaliças e cuidar das plantas. Uma das últimas estações é o Viveiro de Mudas e o Canteiro de Ervas Medicinais, onde as crianças e os jovens são colocados em contato com aromas e sabores.

No quintal da escola

A experiência expandiu para além do parque ecológico para alcançar a Escola Parque 210/211 Norte, também em Brasília, que se dedica à educação de ensino integral. Há mais de dois anos, a instituição pública hospeda em seu “quintal” seis estações do Ecoparque, criada pelo 7Saberes.

“A partir do contato com a natureza, com as plantas, com a terra, os estudantes se tornam mais sensíveis para trabalhar também com outros conteúdos em sala de aula, seja em disciplinas tradicionais ou em atividades como artes plásticas e visuais”
De acordo com Celia Maria Stoppa Muller Fernandes, vice-diretora da escola, o Ecoparque vem contribuindo, principalmente, para estimular a sensibilidade das crianças, indispensável, segundo ela, para tornar as crianças mais curiosas e interativas – importante para desenvolver outros aspectos educacionais. “Muitas das mais de duas mil crianças que passam por aqui a cada semana moram em apartamentos e nunca tiveram ou quase não têm contato com a diversidade ecológica”, afirma.
“A partir do contato com a natureza, com as plantas, com a terra, os estudantes se tornam mais sensíveis para trabalhar também com outros conteúdos em sala de aula, seja em disciplinas tradicionais ou em atividades como artes plásticas e visuais”. Segundo Celia Maria, embora os professores ainda sejam resistência quanto a implementação de metodologias que avancem à sala de aula, muitos deles vêm abandonando suas zonas de conforto. “Hoje, professores já estão entendendo melhor o espaço e, inclusive, conseguem aproveitá-lo para trabalhar seus conteúdos.”

Créditos: Blog/Porvir

Reportagem - INCLUSÃO

Um trio afinado a favor da inclusão

A família, que mais conhece a história da criança, é essencial na relação com a escola e o atendimento especializado



A escola surge na vida da criança como um dos principais ambientes extrafamiliares. Lá ela inicia a socialização, compartilha conhecimentos e amplia seu universo. Essa ampliação deve funcionar como continuidade do processo iniciado em casa, onde há muito tempo ela constrói sua história. O ser humano é um todo, não se fragmenta nos espaços aos quais pertence. Em cada um deles, é um ser por inteiro. Se na família se inicia a trajetória pessoal, na escola muitos capítulos serão escritos. 

Além dessas duas instâncias, outra faz parte da vida da criança com necessidades especiais: os diversos profissionais e os serviços com os quais tem contato, como o atendimento educacional especializado. Ela é o ponto de convergência de todos esses atendimentos, que devem ser integrados. 

A necessidade de consistência e de articulação entre os diversos contextos coloca os pais e outros responsáveis na estratégica posição de articuladores e mediadores. São eles que podem fazer fluir a comunicação para integrar os envolvidos no trabalho que visa ao bem-estar e ao desenvolvimento dos pequenos. Essa mediação possibilita também que a família se beneficie das ofertas de aprendizagem, adaptações e flexibilizações, valendo-se delas para dar continuidade a essas práticas no cotidiano dos filhos em casa. 

A Educação como meio de aperfeiçoar as aptidões físicas, intelectuais e morais acontece tanto no convívio familiar como em sala de aula. A construção de mundo e a compreensão do universo escolar e do sentido da aprendizagem serão facilitadas se houver consistência entre o que o estudante vivencia no ambiente de ensino e nos demais a que pertence. 

Como depositária da história do filho, a família revela características, hábitos, modalidades de relacionamento e estilos de comunicação que podem funcionar como um ponto de partida para a construção da ligação afetiva entre a criança e o professor. 

Estudar na rede de ensino regular possibilita ao aluno com necessidades educacionais especiais acesso aos elementos necessários para construir uma representação de mundo que lhe permita transformar-se num adulto autônomo e participativo. Tanto na família 
como na escola, ele pode experimentar o pertencimento e a diferenciação. Pertencimento, por conviver com um grupo e se perceber semelhante. Diferenciação, por ser único, não por sua deficiência, mas por sua singularidade. 

As crianças com deficiência não se reduzem a um diagnóstico. As que têm síndrome de Down não são iguais nem parecidas. Também aquelas com autismo são diferentes entre si - e isso vale para qualquer outro transtorno ou síndrome. Os pais sabem disso. As informações científicas são pertinentes para ampliar a compreensão da criança, não para rotulá-la. 

A busca do professor por informações sobre transtornos e síndromes é, sem dúvida, importante. Mas, para compreender o estudante em si mesmo, é preciso recorrer à família. Só ela pode revelar com clareza a criança em sua subjetividade e particularidade. Por isso, a relação com ela deve ser valorizada.

Fonte: Nova Escola

Reportagem - ALFABETIZAÇÃO

Por que alfabetizar com nome próprio?

A importância de trabalhar com o nome para dar início às reflexões sobre o sistema de escrita na Educação Infantil.



Maria. João. Antônio. Cecília. Fernanda. Imagine se não tivéssemos um nome. No meio de milhões de outras pessoas, como seríamos diferenciados? A importância dessa palavra levou muitos linguistas e antropólogos a acreditar que a escrita foi fonetizada por causa dos nomes próprios, uma vez que os pictogramas não davam conta de codificá-los e registrar a diversidade de indivíduos. Atualmente, é difícil conceber uma sociedade que não utiliza o nome próprio para registrar a diferença – e, por conseguinte, a identidade – de cada membro.
Diante disso, como pensar, então, numa forma mais significativa para dar início à alfabetização escolar?
Foram as descobertas sobre a origem e o desenvolvimento da escrita, conhecidos como psicogênese (leia mais sobre a Psicogênese da Língua Escrita, de Emilia Ferreiro e Ana Teberosky, abaixo), que evidenciaram os processos de aprendizado das crianças e questionaram os métodos tradicionais de alfabetização, baseados na cópia de famílias silábicas. Com base nos estudos da pesquisadora argentina, a criança se tornou protagonista da própria aprendizagem. Desafiada pelas atividades e pelas intervenções do professor, a criança investiga, testa ideias, repensa, corrige. Aos poucos, se apropria do sistema de escrita.
Na etapa inicial de alfabetização, o papel do professor é ampliar, de maneira significativa, a inserção das crianças no universo da escrita, com o qual elas já têm contato por meio de, por exemplo, cartazes que veem na rua, da televisão e das listas de compras que seus pais fazem. “Não podemos dizer que se inicia o trabalho com nomes na Educação Infantil, mas que se dá continuidade a esse processo de alfabetização, que já estava acontecendo no ambiente familiar, de forma mais intencional e sistemática”, explica Andréa Luize, coordenadora do Núcleo de Práticas de Linguagem da Escola da Vila, em São Paulo. E nada melhor que uma palavra estável – não importa onde a criança veja seu nome, ele sempre estará escrito do mesmo jeito – para começar esse trabalho.
As crianças, aliás, intuem a importância do nome mesmo sem saber escrever. A psicolinguista Ana Teberosky, no livro Psicopedagogia da Linguagem Escrita, destaca a precoce tendência infantil a marcar suas produções, ainda que em forma degaratuja. Quando chegam à escola, essas crianças passam a dividir o espaço com muitos outros pequenos. Por isso, percebem que o nome delas adquire muito sentido quando identificam seus objetos pessoais, como mochilas e lancheiras. “Socialmente, a escrita do nome ganha relevância”, diz Andréa Luize.

Do nome próprio à compreensão do sistema alfabético de escrita

Na realidade da sala de aula, como utilizar essa palavra cheia de sentido? Beatriz Gouveia, coordenadora de projetos do Instituto Avisa Lá e professora da pós-graduação em Alfabetização do Instituto Superior Vera Cruz, diz que o trabalho com os nomes próprios deve ter objetivos de aprendizagem diferentes, de acordo com a faixa etária dos alunos. “Nas turmas de 2 e 3 anos, por exemplo, a preocupação é fazer com que a criança reflita sobre as marcações dos pertences e sobre a sua identidade”, explica. Assim, ela se enxerga como um ser distinto dos outros que a rodeiam.
Já nas turmas de 4 e 5 anos, o nome passa a ser um contexto para a reflexão sobre o próprio sistema de escrita. À medida que vão se apropriando do sistema e percebendo suas regularidades, como quantidade e disposição das letras e combinação dos sons, os pequenos passam a utilizar esses conhecimentos adquiridos para descobrir e escrever novas palavras. “O nome próprio será um referencial importantíssimo para a leitura e escrita de outros textos e é o professor que propõe às crianças recorrer a essas fontes de informação para que resolvam um problema”, diz Diana Grunfeld, especialista em didática da alfabetização e membro da equipe de coordenação da Rede Latino-americana de Alfabetização.

As principais referências sobre o aprendizado da língua escrita

O trabalho com nome próprio na sala de aula já virou objeto de muitas pesquisas. No entanto, alguns estudos se tornaram referência para quem quer entender como se dá o processo de aquisição da língua escrita pelas crianças e qual o papel do professor nesse caminho. Abaixo, separamos três textos que podem contribuir muito para sua formação como professor alfabetizador.

Fonte: Nova Escola

Entrevistas

Mário Sergio Cortella é filósofo e doutor em Educação pela PUC-SP, é professor titular do Departamento de Teologia e Ciências da Religião e da Pós-Graduação em Educação da PUC-SP, na qual está desde 1977. É membro do Conselho Técnico Científico Educação Básica da CAPES/MEC. Foi Secretário Municipal de Educação de São Paulo (1991/1992) e tem experiência na área de Educação, com ênfase em Currículos Específicos para Níveis e Tipos de Educação. É autor de diversos livros, entre eles Nos Labirintos da Moral, com Yves de La Taille (Papirus); Não Nascemos Prontos!; e Sobre a Esperança: Diálogo, com Frei Betto.

Seguem abaixo algumas palestras e vídeos curtos do professor acima, sobre alguns temas.


MODERNIZAR A EDUCAÇÃO 


Uma opinião do professor e filosofo Mario Sergio Cortella, sobre como a tecnologia tem crescido dentro da Educação Escolar. O mesmo nos lembra que a tecnologia é uma ferramenta ótima para usarmos a nosso favor, mas devemos também ter em mente que não existe só ela, não podemos nos prender apenas nela.


Segue entrevista completa no link abaixo:


https://www.youtube.com/watch?v=YoX_PCgQe0Y


A CRIANÇA EM SEU MUNDO


Segundo sua análise, nós anunciamos às crianças: "Não haverá futuro, não haverá meio ambiente, não haverá segurança, não haverá trabalho. Vocês não têm presente!" A criança tem o mundo da imaginação, da poesia, da fábula, da infância, e muitas vezes, os adultos não conseguem entrar nesse mundo. Mas, segundo o próprio educador, é preciso criar relações mais próximas com as crianças e saber quais são as suas necessidades e desejos para que possamos formar cidadãos conscientes e atuantes.


https://www.youtube.com/watch?v=JAnGkE4695E


COMO SER UM BOM PROFESSOR?


O filósofo nos informa poucas dicas de como ser um bom professor em poucas palavras, mas extremamente importantes para nós que estamos seguindo este caminho.


https://www.youtube.com/watch?v=dz4lMxhVTEI 

Projeto Musical

Nesta sequência de atividades, além de ampliar seu repertório musical, as crianças podem conhecer um pouco mais sobre a canção, uma composição normalmente curta, que combina melodia com poesia.

Objetivos 
- Ampliar o repertório musical das crianças
- Aprender a ouvir/apreciar músicas diversas
- Conhecer alguns poemas ou obras literárias musicadas

Ano
1 º ano

Conteúdos específicos
Escuta musical
Repertório musical
Poesia
Canções

Tempo estimado
Um semestre

Material necessário
Você vai precisar de alguns livros e de um aparelho de som.
Para a realização desta sequência, sugerimos algumas obras musicais com as características pedidas pela atividade:

CDs: A Arca de Noé - volumes 1 e 2 (poemas de Vinícius de Moraes), Universal; De Paes para Filhos, de Paulo Bi (poemas de José Paulo Paes), MCD Records; Quero Passear, do Grupo Rumo, Palavra Cantada; Canções dos Direitos das Crianças, diversos artistas, Movieplay.
Desenvolvimento das atividades
Ouvir canções em roda 
Na primeira atividade, leve o aparelho de som e apresente para a classe o que escutarão juntos. Conte às crianças que algumas das canções que vão ser ouvidas foram originalmente escritas como poesia. Esse é o caso, por exemplo, das faixas que compõem o CD A Arca de Noé, cujas letras são de Vinícius de Moraes, que só ganharam o acompanhamento da música muito tempo depois de terem sido criadas.


Leia os poemas, textos ou letras das canções antes e também depois de ouvir a música. Procure deixar ao alcance das crianças, os livros em que estão os poemas ou textos musicados, para que eles sejam manuseados após a roda de leitura e música, e também em outros momentos do dia.

Ao fim de um período, todos devem saber cantar as músicas aprendidas, e podem cantar com a gravação.

Faça com que a atividade de escutar canções e poemas musicados seja um momento especial: crie uma aconchegante roda de música, na própria sala de convívio diário, e realize esse encontro, por exemplo, duas ou três vezes por semana. Depois de conhecidas, as músicas passarão a fazer parte do repertório das crianças, e poderão ser tocadas e ouvidas em outros momentos do dia.

Avaliação
Quando a atividade envolve música, é importante que o professor não compare as aprendizagens, mas que consiga observar as características de cada criança dentro do grupo. Ao escutar uma canção, elas não manifestam seu prazer e seu interesse da mesma maneira. Nem todas dançam ou batem palmas; algumas preferem se manter atentas, apenas escutando, o que não significa não gostar do que ouvem.

É importante que o professor reconheça as manifestações de prazer e desprazer de seus alunos diante da música. Ele pode organizar rodas de apreciação musical, em que todos conversarão sobre suas músicas preferidas, sobre porque gostam ou não de determinada obra. Com isso em mente, podem ser bons critérios de observação:

Fonte: Revista Nova Escola

Projetos

PROJETO: ALIMENTAÇÃO E O CORPO HUMANO


Objetivos 
- Compreender que o corpo funciona de forma integrada, relacionando os sistemas circulatório, respiratório e digestório 

Conteúdos
- Transformação dos alimentos; 
- Transporte dos nutrientes e oxigênio pelo sistema circulatório; 
- Obtenção de energia utilizando oxigênio; 
- Relação entre os sistemas digestório, circulatório e respiratório. 

Anos 


Tempo estimado 
Duas ou três aulas (caso a avaliação seja realizada em sala de aula) 

Material necessário 
- Folhas de papel A4; 
- Imagens do sistema digestório.


Preparação
Faça três pequenos cartões a serem distribuídos aos alunos, contendo:

Cartão Sistema Circulatório: nome dos componentes desse sistema (vasos sanguíneos, sangue e coração), caminho percorrido pelo sangue e função desse sistema.

Cartão Sistema Respiratório: nome dos órgãos, caminho percorrido pelo ar e função do pulmão.

Cartão Sistema Digestório: nome dos órgãos do tubo digestório e das glândulas acessórias, caminho percorrido pelo alimento e função de alguns órgãos desse sistema.

- Cada grupo de 3 alunos deverá ter um conjunto de cartão dos três sistemas.


Desenvolvimento
1ª etapa

Inicie o trabalho informando aos alunos que irão realizar, por alguns minutos, uma atividade física. Solicite que contem e anotem, em uma folha, o número de seus batimentos cardíacos antes do início do exercício; para essa atividade, cronometre 15 segundos. Alerte-os também, a prestar atenção em sua respiração, verificando se aumenta ou se se mantém constante durante e, ao final do exercício. Após o exercício, solicite aos alunos que contem e anotem novamente o número de batimentos cardíacos. Após anotarem, peça a eles que multipliquem os resultados obtidos por quatro, para obter a freqüência cardíaca por minuto.

A atividade física pode ser realizada no pátio da escola (corrida) ou mesmo dentro da sala de aula (polichinelo), por alguns minutos. Para aferir os batimentos cardíacos, oriente os alunos a colocar o dedo indicador e médio sobre a lateral do pescoço, um pouco abaixo da orelha, ou na parte interna do punho.

2ª etapa
Após a realização da atividade, pergunte aos alunos por que eles acham que houve aumento nos batimentos cardíacos e na freqüência respiratória? É importante que relacionem o aumento com a maior necessidade de oxigênio e nutrientes para o corpo. Para isso, realize uma breve conversa com eles, questionando-os sobre uma das funções do sistema circulatório (transporte de nutrientes e oxigênio pelo corpo).

Informe aos alunos que todas as células do corpo precisam de nutrientes e oxigênio para obter a energia que utilizamos nas atividades do dia-a-dia como, brincar, correr, estudar, dançar, pular, falar.

Organize a sala em um círculo e pergunte aos alunos de onde vem essa energia que utilizamos nas atividades diárias?

É esperado que eles respondam que obtemos essa energia dos alimentos. Muitos escutam desde muito pequenos que precisam se alimentar para ficar "fortinho". Mas de que forma esse alimento é transformado na energia que utilizamos em cada uma dessas atividades do dia a dia?

Relembre com eles o caminho percorrido pelo alimento desde que é ingerido até a eliminação dos resíduos pelas fezes (boca, esôfago, estômago, intestino delgado e intestino grosso). Para isso, você pode utilizar uma imagem do sistema digestório. Questione-os sobre o que acontece com o alimento após ser ingerido e entrar no tubo digestório? Nesse momento, apresente duas situações para os alunos: a importância da mastigação para quebra dos alimentos em partículas menores e a importância da ação de enzimas para que haja outra quebra de forma a obter partículas menores do que as deglutidas.

Por que precisamos quebrar os alimentos em partículas menores? Pergunte aos alunos se engolíssemos um pedaço de maçã, se ele conseguiria penetrar na parede do intestino (órgão responsável pela maior parte da absorção de nutrientes pelo corpo). O que deve acontecer com o alimento para que ele consiga passar por essa parede? É esperado que os alunos saibam que quebrar os alimentos em pedaços menores permite que ele seja absorvido pelo intestino. Mas e depois de absorvido, o que acontece com o alimento? Essa pode ser sua próxima pergunta.

Todas as células do nosso corpo precisam receber nutriente para funcionar corretamente. De que forma esse nutriente chega a cada uma dos trilhões de células do nosso corpo?

As pequenas partículas formadas a partir da digestão (nutrientes) atravessam as paredes do intestino delgado e dos vasos sanguíneos e são transportados pelo sangue para todas as células do corpo humano.

Portanto, o sistema circulatório é quem carrega esse nutriente para cada célula do corpo. Pergunte a seus alunos se o oxigênio que também é transportado pelo sangue, também vai para as células. Todas as células precisam desse oxigênio, por isso, da mesma forma que os nutrientes atingem cada uma das células do nosso corpo, o oxigênio também.

3ª etapa
Divida a sala em trios. Peça que cada aluno leia um dos cartões e depois socialize com os colegas. Nesse momento, eles deverão ser informados de que escreverão um texto com informações sobre a integração desses três sistemas do corpo humano.

Avaliação
Solicite aos alunos que redijam, individualmente, um pequeno texto com o seguinte título: os sistemas trabalhando em conjunto. Esse texto deve conter informações sobre os três sistemas trabalhados e a forma como cada um se relaciona com o outro (circulatório x digestório - digestório x respiratório - respiratório x circulatório). Dessa forma, você conseguirá avaliar o que cada aluno compreendeu sobre a relação entre esses três sistemas.